A prova de prática do Revalida/INEP apresenta desafios complexos para quem está no processo de revalidação do diploma médico. Após a divulgação do resultado preliminar hoje (13/02), muitos candidatos reprovados decidem elaborar um recurso administrativo para combater as injustiças praticadas na avaliação da sua prova. Nessa fase, entender e conhecer o perfil acadêmico dos membros da banca examinadora pode influenciar diretamente a construção do recurso e aumentar as chances de sucesso.
Reflita: será que o Membro da Banca responsável pela área de clínica médica estará mais propenso a acolher um recurso condizente com seu posicionamento acadêmico sobre determinado tema? Claro que sim! Então, nessa perspectiva é fundamental entender o histórico acadêmico de cada Membro da Banca Examinadora para antever a análise que será emprestada ao recurso da sua prova.
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Quem são os membros da banca?
A banca responsável pela correção das provas do Revalida INEP inclui médicos altamente qualificados, especializados em diversas áreas da medicina. Esses profissionais se destacam tanto na prática clínica quanto no ensino de medicina. Eles conhecem profundamente as diretrizes do exame e aplicam seu conhecimento para avaliar de forma rigorosa as respostas dos candidatos. No entanto, cada avaliador traz consigo sua visão clínica e experiência pessoal, o que pode influenciar a forma como analisam as respostas.
Confira abaixo a composição atual da Banca Examinadora do Revalida INEP:
Clínica Médica
- Antonio Reis de Sá Junior;
- Antonio Carlos de Castro Toledo Junior;
- Alvaro Modesto da Silva Rodrigues Neto;
- Cintia Mendes Clemente;
- Mario Adriano dos Santos Nélia;
- Cláudia Neri Araújo Suênia Tavares de Machado França.
Cirurgia Geral
- Andrea Pedrosa Ribeiro Alves Oliveira;
- Raquel Kelner Silveira;
- Paulo Luiz Batista Nogueira.
Pediatria
- Dusan Kostic;
- Érica Rodrigues Mariano de Almeida Rezende;
- Mauricio José Lopes Pereima;
- Tiago Artur Lyra Leite.
Ginecologia e Obstetrícia
- Edison Luiz Almeida Tizzot;
- Eura Martins Lage;
- Fernando Marcos dos Reis;
- Karla Maria Mendes do Amaral.
Medicina da Família e Comunidade
- Ana Cláudia Couto Santos da Silva;
- Cristina Rolim Neumann Nathan Mendes Souza;
- Nicole Geovana Dias Carneiro;
- Paula Zeni Miessa Lawall;
- Thiago Figueiredo de Castro.
Confira a análise de Andrea Pedrosa Ribeiro Alves Oliveira:
Possui graduação em MEDICINA pela Universidade de Brasília (1998), residência médica em Cirurgia Geral (1999-2000) e em Videolaparoscopia (2001) pela Universidade de Brasília e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (2014). Atualmente é Responsável Técnica do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário de Brasília, Supervisora do PRM de Cirurgia Geral e do PRM de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital Universitário de Brasília e professor adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Cirurgia Geral e Aparelho Digestivo.
Área de atuação: Cirurgia Gastroenterologia.
Pontos do edital que podem ser cobrados no exame com base na especialidade deste membro:
| Tema do Edital | Tema Pesquisado pelo Membro |
| Doenças do esôfago – doença do refluxo gastroesofágico, hérnia hiatal e neoplasias. Abordagem do paciente com doenças do estômago – dispepsia, gastrite, doença péptica, neoplasia. | Doutorado em Ciências Médicas 2010 – 2014 Universidade de Brasília, UnB Título: AVALIAÇÃO TARDIA DE PACIENTES COM MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO OPERADOS PELA TÉCNICA DE THAL-HATAFUKU MODIFICADA PAULO GONÇALVES DE OLIVEIRA. Grande área: Ciências da SaúdeSetores de atividade: Atividades de atenção à saúde humana. |
| Métodos complementares de diagnóstico em Gastroenterologia. | Carneiro, Fabiana Pirani ; ALVES, A. P. R. . Colonic duplication in an adult mimicking a tumor of pancreas. World Journal of Gastroenterology , v. 14, p. 966, 2008. |
| Doenças da vesícula e das vias biliares – colecistite, litíase biliar, neoplasia. | FERREIRA, G. S. A. ; ALVES, ANDREA ; FIGUEIRA, A. V. F. ; GOMIDE, LARISSA ; TORRES, A. P. ; CARDOSO, D. S. A. ; SOUZA, F. F. ; PIMENTEL, A. A. C. ; CORREA, B. L. O. ; SIQUEIRA, M. H. B. . CARCINOMA ESCAMOSO DE VESÍCULA BILIAR- RELATO DE CASO. 2018. (Apresentação de Trabalho/Comunicação). |
| Doenças do fígado – hipertensão portal, cirrose, hepatites, neoplasias. | FARIA, VANESSA ; GARCIA, CARLOS ; NETO, JULIO ; ARANTES, GUSTAVO ; WATANABE, ANDRE ; ALVES, ANDREA . TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTE COM METÁSTASE HEPÁTICA POR TUMOR NEUROENDÓCRINO: UM RELATO DE CASO. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva Express , v. 28, p. 373-373, 2017 |
| Doenças do pâncreas – pancreatite aguda e crônica, neoplasias. | FARIA, VANESSA ; GARCIA, CARLOS ; NETO, JULIO ; ARANTES, GUSTAVO ; WATANABE, ANDRE ; ALVES, ANDREA . TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTE COM METÁSTASE HEPÁTICA POR TUMOR NEUROENDÓCRINO: UM RELATO DE CASO. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva Express , v. 28, p. 373-373, 2017. |
Por fim, nós temos uma matéria completa falando sobre todos os membros da banca, caso queira se aprofundar mais sobre o tema, clique aqui.
Como o os membros da banca impactam o recurso?
Compreender o perfil dos membros da banca não garante que você saberá exatamente quem corrigiu sua prova, entretanto ajuda a alinhar sua argumentação com a perspectiva médica dos avaliadores. Geralmente, médicos que compõem bancas examinadoras como a do Revalida valorizam diferentes aspectos, como rigor técnico, prática baseada em evidências e capacidade de raciocínio clínico rápido.
Por exemplo, bancas compostas por médicos com uma trajetória acadêmica costumam priorizar respostas bem embasadas em diretrizes médicas e estudos atualizados. Por outro lado, profissionais com experiência em emergência ou atendimento primário tendem a valorizar respostas que demonstrem agilidade e precisão clínica.
Como usar essas informações ao seu favor?
Para aumentar as chances de sucesso no recurso, ajuste sua linguagem e argumentação para atender às expectativas da banca. Aqui estão algumas dicas práticas para elaborar seu recurso:
- Seja direto e técnico: Os membros da banca valorizam respostas técnicas, mas também apreciam clareza. Por isso, evite respostas complicadas ou prolixas, e vá direto ao ponto.
- Apresente evidências concretas: Utilize diretrizes atuais, como as do Ministério da Saúde ou da Organização Mundial da Saúde, para reforçar seus argumentos. Se a banca tem uma inclinação acadêmica, evidências científicas robustas podem fortalecer seu recurso.
- Destaque sua experiência clínica: Caso sua resposta tenha sido penalizada em aspectos práticos, inclua exemplos da sua prática médica que demonstrem sua habilidade em seguir protocolos e tomar decisões adequadas e rápidas.
- Foque nas competências exigidas: Analise o espelho de correção com atenção e veja como pode demonstrar que atende às competências avaliadas. A banca espera ver essas competências nas respostas, por isso seu recurso deve mostrar claramente como você as domina.
- Fundamente seu recurso com bibliografia alinhada aos estudos dos membros: Trazer uma bibliografia atualizada e relevante fortalece seu recurso, especialmente se você conseguir alinhar suas referências aos campos de estudo dos membros da banca. Pesquisar artigos e livros que os membros tenham escrito ou citado em outros trabalhos pode demonstrar que você entende profundamente as áreas de interesse deles, o que pode fazer com que suas argumentações ressoem melhor com a visão deles.
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O que evitar ao elaborar o recurso?
- Apelos emocionais: Embora a reprovação traga frustração, manter o foco em argumentos técnicos garante que a banca avalie seu recurso de maneira objetiva. Evite usar justificativas emocionais ou argumentos que não se baseiem em fatos e diretrizes médicas.
- Ignorar os critérios de correção: A correção segue critérios estabelecidos, e seu recurso precisa abordar esses pontos com precisão. Ignorar o espelho de correção ou fazer uma argumentação desconectada dos critérios diminui a força do seu pedido.
- Identificar o recurso: O recurso precisa ser imparcial e anônimo. Qualquer informação que possa identificar o candidato, como nome, número de inscrição ou detalhes pessoais, compromete a análise e pode invalidar o pedido.
- Utilizar modelos de colegas: Usar modelos prontos ou o recurso de outros candidatos pode prejudicar a originalidade do seu pedido. Cada recurso deve ser personalizado de acordo com os pontos específicos da sua prova, refletindo suas particularidades. A banca consegue identificar padrões repetidos e isso pode enfraquecer seu argumento.
Conclusão sobre a Importância dos Membros da Banca para um Recurso Vencedor
Elaborar um recurso administrativo eficaz para a prova prática do Revalida/INEP requer mais do que apenas revisar sua resposta original. Entender o perfil dos membros da banca permite que você ajuste sua estratégia e direcione seus argumentos de forma clara e técnica. Isso pode fazer toda a diferença na reavaliação da sua prova, bem como pode aumentar as chances de deferimento do seu recurso.
Investir tempo na análise do espelho de correção e alinhar sua resposta com as expectativas da banca aumenta suas chances de sucesso. Afinal, os avaliadores procuram médicos que demonstrem conhecimento técnico sólido, segurança no diagnóstico e tratamento, além de familiaridade com as diretrizes médicas mais atuais. Mostrar que você atende a essas expectativas, ajustando seu recurso ao perfil da banca, pode ser o que você precisa para garantir sua aprovação.
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