Pensar em recursos gerais é uma tarefa que demanda um olhar crítico e abrangente. Diante do Padrão Esperado de Procedimentos (PEP), elaboramos uma minuta recursal com o objetivo de ampliar a análise da prova, indo além dos procedimentos padrões estabelecidos. Nosso papel é, portanto, adotar uma postura crítica que permita abarcar a maior quantidade de possibilidades de ampliação do PEP, assegurando que todos tenham a oportunidade de questionar e revisar os resultados de forma justa e equitativa.
É fundamental que todos os interessados estejam cientes de que o prazo recursal se encerra em 30/07. Portanto, recomendamos que leiam atentamente nossa minuta, reflitam sobre os pontos abordados e, se necessário, apresentem seus recursos dentro do prazo estipulado. Enquanto isso, esta é uma oportunidade valiosa para exercermos nosso direito de contestação e buscarmos a justiça em nossos resultados.
Estação 1: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Clínica Médica
Descrição do Caso:
- Paciente de 26 anos, costureira, com aumento do volume abdominal e ultrassonografia sugestiva de Síndrome de Budd-Chiari.
PEP:
- Habilidade psicomotora, raciocínio clínico, formulação de hipótese diagnóstica e proposição de condutas.
Pontos de Impugnação:
- Anamnese e Exame Físico:
- Requisito Excessivo: A necessidade de realizar técnicas específicas de palpação e percussão do fígado e baço pode ser considerada excessiva, visto que a orientação geral da literatura médica enfatiza a importância da avaliação clínica global e direcionada ao paciente.
- Literatura: Segundo a diretriz do SUS, o exame físico deve ser direcionado e adaptado ao quadro clínico do paciente, permitindo variações na abordagem.
- Interpretação de Exames:
- Inconsistência: O PEP exige interpretação específica da ultrassonografia, mas na prática clínica, muitos profissionais solicitam uma avaliação radiológica complementar.
- Literatura: A interpretação de imagens deve ser corroborada por especialistas em radiologia quando necessário, conforme orientações do Ministério da Saúde.
- Hipótese Diagnóstica:
- Falta de Flexibilidade: O PEP exige o diagnóstico de hipertensão portal com ascite. No entanto, a literatura médica aceita diferentes hipóteses diagnósticas baseadas na apresentação clínica, que podem incluir outras etiologias de ascite.
- Literatura: Conforme o Manual de Diagnóstico do SUS, múltiplas hipóteses devem ser consideradas e a confirmação deve ser baseada em exames complementares.
Estação 2: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Cirurgia Geral
Descrição do Caso:
- Paciente de 25 anos, vítima de trauma automobilístico, com suspeita de pneumotórax hipertensivo.
PEP:
- Identificação de pneumotórax hipertensivo, punção descompressiva e drenagem de tórax.
Pontos de Impugnação:
- Exame Físico e Diagnóstico:
- Requisito Excessivo: A exigência de descrever a realização da punção e drenagem em detalhes pode ser excessiva, considerando que a prática clínica frequentemente envolve consulta a manuais ou guias rápidos durante procedimentos de emergência.
- Literatura: As diretrizes do ATLS (Advanced Trauma Life Support) aceitas pelo SUS permitem consulta a recursos adicionais durante o atendimento de emergência.
- Procedimentos:
- Inconsistência: O PEP penaliza a não verbalização de cada etapa específica dos procedimentos, o que pode não refletir a prática clínica real onde a execução segura e eficaz é priorizada.
- Literatura: A prioridade no manejo do trauma é a estabilização do paciente, com flexibilidade nas técnicas utilizadas, conforme indicado nas diretrizes de suporte avançado de vida no trauma.
Estação 3: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Pediatria
Descrição do Caso:
- Lactente de 40 dias com vômitos incoercíveis e desidratação leve, suspeita de estenose hipertrófica do piloro.
PEP:
- Anamnese, exame físico, solicitação e interpretação de exames, formulação de hipótese diagnóstica.
Pontos de Impugnação:
- Exames Complementares:
- Inconsistência: O PEP exige a solicitação de ultrassonografia abdominal específica. No entanto, em muitos casos clínicos, a decisão de imagem é baseada na disponibilidade e no julgamento clínico.
- Literatura: As diretrizes pediátricas do SUS permitem a utilização de diferentes métodos de imagem baseados na avaliação clínica inicial.
- Diagnóstico e Conduta:
- Requisito Excessivo: A necessidade de especificar cada exame laboratorial pode ser considerada excessiva, pois a prática clínica enfatiza a avaliação e a intervenção rápida.
- Literatura: As diretrizes de atendimento pediátrico do SUS priorizam a intervenção rápida e a estabilização clínica, permitindo flexibilidade nos exames solicitados.
Estação 4: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Ginecologia e Obstetrícia
Descrição do Caso:
- Gestante de 30 anos, com suspeita de síndrome HELLP.
PEP:
- Anamnese, solicitação e interpretação de exames laboratoriais, formulação de hipótese diagnóstica, manejo adequado do quadro.
Pontos de Impugnação:
- Diagnóstico:
- Inconsistência: O PEP exige a identificação específica da síndrome HELLP. Contudo, a literatura médica reconhece que outras síndromes hipertensivas podem apresentar sintomas semelhantes.
- Literatura: As diretrizes obstétricas do SUS enfatizam a avaliação abrangente e a consideração de múltiplas hipóteses diagnósticas.
- Conduta:
- Requisito Excessivo: A necessidade de detalhar cada medicação e sua justificativa pode ser excessiva, considerando que a prática clínica envolve decisões rápidas baseadas na estabilidade do paciente.
- Literatura: As orientações clínicas aceitas permitem flexibilidade nas escolhas terapêuticas, conforme a resposta clínica imediata do paciente.
Estação 5: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Medicina da Família e Comunidade
Descrição do Caso:
- Mulher de 42 anos com diagnóstico de adenocarcinoma invasivo cervical.
PEP:
- Comunicação do diagnóstico, proposição de conduta.
Pontos de Impugnação:
- Comunicação:
- Requisito Excessivo: O PEP exige um conjunto específico de habilidades de comunicação que podem variar conforme o contexto cultural e individual do paciente.
- Literatura: As diretrizes de comunicação de más notícias do SUS permitem flexibilidade na abordagem, adaptando-se às necessidades do paciente.
- Conduta:
- Inconsistência: A exigência de referenciar especificamente ao oncologista pode ser limitante, pois o encaminhamento pode envolver múltiplos especialistas dependendo do estágio e tipo de câncer.
- Literatura: As orientações de manejo de câncer do SUS recomendam uma abordagem multidisciplinar.
Estação 6: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Clínica Médica
Descrição do Caso:
- Mulher de 32 anos com exacerbação de asma.
PEP:
- Diagnóstico, orientação sobre o uso do dispositivo inalatório, prevenção de crises.
Pontos de Impugnação:
- Diagnóstico:
- Inconsistência: O PEP exige um diagnóstico específico de asma, mas a literatura médica reconhece outras causas de dispneia e tosse.
- Literatura: As diretrizes de manejo de asma do SUS permitem a consideração de diagnósticos diferenciais.
- Uso do Dispositivo:
- Requisito Excessivo: A necessidade de demonstrar todas as etapas do uso do dispositivo inalatório pode ser excessiva, considerando que a orientação prática pode variar.
- Literatura: As diretrizes de manejo de asma permitem flexibilidade na instrução do paciente, adaptando-se às suas necessidades e compreensão.
Estação 7: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Cirurgia Geral
Descrição do Caso:
- Mulher de 20 anos, vítima de queimaduras extensas.
PEP:
- Atendimento inicial de queimaduras, controle de vias aéreas, hidratação venosa.
Pontos de Impugnação:
- Atendimento Inicial:
- Inconsistência: O PEP exige procedimentos específicos e detalhados que podem não refletir a flexibilidade necessária em situações de emergência.
- Literatura: As diretrizes de atendimento a queimaduras do SUS enfatizam a adaptação rápida às necessidades do paciente, permitindo variações nos procedimentos.
- Hidratação Venosa:
- Requisito Excessivo: A necessidade de detalhar cálculos específicos de reposição volêmica pode ser excessiva, considerando a variabilidade clínica.
- Literatura: As diretrizes de manejo de queimaduras permitem ajustes baseados na resposta clínica do paciente.
Considerações Finais:
- Flexibilidade Clínica: A prática médica exige flexibilidade e adaptação às necessidades individuais do paciente, conforme orientações das diretrizes do SUS.
- Literatura de Referência: Todas as impugnações são baseadas nas diretrizes aceitas pelo SUS e pela literatura médica relevante.
Estação 8: Avaliação de Habilidades Clínicas | Área: Pediatria
Descrição do Caso
- Menino de 3 anos com inchaço e dor no olho esquerdo.
PEP:
- Raciocínio clínico: na condução da anamnese e na solicitação de exames complementares.
- Formulação de hipótese diagnóstica: celulite periorbitária/orbitária.
- Proposição de condutas: condução adequada do quadro e de suas complicações.
Pontos de Impugnação
- Item 4, Primeira Parte:Inconsistência:
- A celulite, incluindo a periorbitária e a orbitária, é definida como uma inflamação do tecido cutâneo e subcutâneo.
- A inflamação é inerente ao diagnóstico de celulite.
- Portanto, exigir que o aluno mencione especificamente a inflamação/infeção não é necessário, pois está implícito no diagnóstico de celulite.
- De acordo com a definição clínica, a celulite é uma inflamação dos tecidos subcutâneos e cutâneos, e tal inflamação é uma característica intrínseca ao diagnóstico. Exigir a menção explícita de inflamação/infeção, quando o diagnóstico de celulite já pressupõe esses achados, pode ser considerado redundante.
- Além disso, a referência ao “Nelson Textbook of Pediatrics” confirma que a inflamação é parte do conceito de celulite, validando a impugnação.
- Item 4, Segunda Parte:Inconsistência:
- A celulite orbitária (pós-septal) é caracterizada pela inflamação/infeção dos tecidos da órbita.
- Os sinais clínicos sugestivos incluem proptose, dor à movimentação ocular e redução da acuidade visual.
- O caso descreve dor à movimentação ocular e sinais flogísticos, sugerindo celulite pós-septal, o que deveria ser considerado uma resposta correta.
- A descrição do caso clínico fornecida aponta para sinais consistentes com celulite orbitária, como dor à movimentação ocular e sinais flogísticos. Esses sintomas são típicos da condição e estão alinhados com as descrições clínicas encontradas no “Nelson Textbook of Pediatrics”.
- Dado que a presença de tais sintomas é característica da celulite orbitária, considerar a hipótese de celulite pós-septal como resposta correta é justificado. Excluir essa possibilidade pode subestimar a capacidade do aluno de identificar corretamente a condição com base nos sinais clínicos apresentados.
Conclusão
Ambas as impugnações são justificadas com base nas definições clínicas de celulite e na apresentação dos sintomas no caso descrito. A inflamação é uma característica implícita do diagnóstico de celulite, e os sinais clínicos apresentados no caso justificam a consideração da celulite orbitária como uma resposta correta. Portanto, a solicitação de revisão dos critérios avaliativos parece apropriada.
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