Revalida UFMT: Como elaborar o recurso ideal da prova prática

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Olá, Revalidandos!

Com a divulgação do resultado preliminar, no dia 12/09/2023, da prova prática do Revalida UFMT, terá início o prazo recursal, que se estenderá até o dia 14/09/2023.

Esse prazo é dado para que seja possível corrigir-se injustiças cometidas pela banca na correção das provas. Isso porque, muitas vezes o candidato não recebe pontos em itens que estão corretamente respondidos, o que pode ocorrer por múltiplos fatores.

Tendo em vista que muitos candidatos têm dificuldades para elaborar os próprios recursos, elaboramos um guia prático sobre: “Como Elaborar o Recurso Ideal Sozinho.” A ideia desse conteúdo é ajudar os candidatos que se sentem perdidos em relação à elaboração de seus recursos, de modo que possam elaborar da melhor forma possível, maximizando as suas chances de aprovação na prova prática do revalida UFMT.

Quando devo recorrer?

Recorrer deve ser a regra.

Naturalmente, é importante que haja uma base na qual poderá assentar-se o seu recurso. Se você não pontuou, por exemplo, porque não escreveu nada na questão ou escreveu algo sem qualquer conexão com aquilo que foi pedido pelo comando da questão, obviamente, a princípio, não há que se falar em recurso.

Por outro lado, se você respondeu à questão, ainda que sem segurança, lançando informações que fazem contato com o conteúdo perquirido pela banca, você deve recorrer.

Frequentemente vemos situações nas quais o candidato não respondeu exatamente aquilo que foi apresentado no padrão esperado de procedimento, mas foi pontuado.

Além disso, há diversas outras situações que, através da apresentação do recurso, podem levar o candidato ao aumento de sua nota, como, por exemplo:

  1. Quando o somatório da pontuação da prova está equivocado;
  2. Quando o candidato responde na mesma direção do que está posto pelo padrão de resposta, mas ainda assim a banca não pontua;
  3. Quando o candidato atende corretamente ao comando da questão, mesmo que parcialmente, todavia, diante da ausência da previsão direta no padrão de respostas, a banca não pontua, embora fosse perfeitamente adequado diante da literatura especializada e protocolos aplicáveis.

Essas são as situações mais recorrentes nas quais se costuma sustentar o cabimento e a oportunidade de um recurso.

Claro, as situações de cabimento de um recurso não são taxativas e exaurientes, podendo surgir diversas outras circunstâncias capazes de lastrear um recurso. Isso porque, cada prova é única, de modo que, cada recurso também deve ser único.

Se há algo que pode entender-se como contrário ao ato recursal, é a consideração de recursos através de modelos. Jamais utilize ou aceite modelos de recurso. Recursos iguais ou mesmo parecidos, podem levar ao indeferimento sumário do recurso, ou seja, seu recurso pode não ser analisado pela Banca e já ser imediatamente rejeitado por estar parecido com o de outra pessoa!

Posto isso, se você analisou a sua prova e chegou à conclusão que deve recorrer, agora é o momento de reduzir seu recurso a termo. Nesse momento, surgem dúvidas como:

  • Como devo estruturar o meu recurso?
  • Que elementos devem ou não ser contemplados em meu recurso, de modo a maximizar as minhas chances de aprovação?
  • Devo escrever em primeira ou terceira pessoa?
  • Como devo me dirigir a banca?
  • Devo incluir citações/referências técnicas e/ou doutrinárias?
  • Como devo reclamar pontuação parcial?
  • Convém transcrever trecho para o qual peço atribuição de pontuação ou não?
  • Posso pedir expansão do espelho? Caso positivo, como e quando fazê-lo?
  • Aposto em um recurso mais objetivo ou mais longo?
  • Devo optar por linguagem rebuscada ou coloquial?

Essa são apenas algumas das dezenas de perguntas que o candidato do Revalida se faz, quando começa a elaborar o seu recurso. E a aflição para esse conjunto de dúvidas é que, quase sempre, a resposta para elas é: depende. Isso porque, como já comentamos, cada prova é única, de modo que, cada recurso também deve ser único.

Claro, para se sentir mais seguro e confiante de que explorou todas as possibilidades da sua prova para o recurso ideal, você sempre pode contratar um serviço profissional de recurso personalizado e individualizado da Recurso Oficial.

Pois bem, embora sem qualquer pretensão de esgotar o tema, a partir de agora, passamos a dividir passo a passo que, seguramente, irá ajudá-lo na difícil tarefa de elaborar um recurso com reais chances de deferimento. Vamos lá?

Como elaborar sozinho o Recurso ideal da prova prática?

Primeiro. Analise com cuidado e bastante atenção a folha de respostas da sua prova, bem como o seu espelho individual de desempenho, avaliando quais foram os pontos que você não atingiu pontuação máxima e verificando se estes são passíveis de recurso.

Segundo. Antes de iniciar a elaboração do recurso da primeira questão, tenha em conta a estrutura média de um recurso: dirigir-se à banca respeitosamente, referenciar o ponto da prova que está tratando no recurso, argumentar o que se entende correto e a pontuação correspondente devida, com fechamento do recurso pedindo atribuição da nota pretendida.

É de suma importância que, ao escrever o seu recurso, atente para alguns pontos que podem influenciar em sua nota, tais como:

Gramática. Sabemos que o examinador não vai avaliar seus erros vernaculares, contudo, é de fundamental importância que o texto esteja bem escrito. Na correção de uma prova prática ou recurso, o membro da banca responsável, não incomum, vê-se em situações diante das quais há fundamentos lógicos para o aumento ou redução da pontuação de determinado item. É nesse momento que, a sua percepção subjetiva da prova/recurso/candidato como um todo, irá determinar o seu entendimento quanto a adequação ou não da resposta do candidato para determinado item. Essa nuance, em uma prova com ponto de corte alto como o Revalida, pode representar a diferença entre ser aprovado ou não.

Estrutura textual. Um texto mal escrito pode prejudicar a compreensão de quem está lendo, levando a não atribuição da pontuação. Lembre-se, você não está escrevendo o recurso para você, mas sim para um membro da banca. Sobre esse ponto, vale ler matéria da Recurso Oficial onde os perfil acadêmico dos membros da Banca do Revalida é minuciosamente detalhado. Esse entendimento pode indicar a melhor abordagem do seu texto. Os recursos da Recurso Oficial leva em consideração esse aspecto.

Fundamentação. Não basta dizer que no minuto “X” você falou o que está previsto no item “Y” do padrão de resposta. É importante fundamentar! É preciso informar do que se trata o item, informa onde está a resposta, avaliando a conveniência ou não de transcrevê-la, bem como requerer o aumento da pontuação de maneira técnica. Toda essa fundamentação é primordial para dar sustentação ao seu recurso, além de permitir que o examinador perceba que você possui conhecimento sobre aquilo que escreve.

Referências. Avalie sempre a conveniência ou não da inclusão de referências em seu recurso.  Sejam bibliográficas, diretrizes do Ministério da Saúde ou mesmo orientações de um conselho de medicina. Isso faz com que suas palavras não sejam apenas suas, mas de órgãos ou autores renomados, ratificando aquilo que você pretende demonstrar e emprestando peso ao seu argumento. Por fim, lembrem-se de referenciar valendo-se apenas de fontes relevantes e seguras. Ademais, ao valer-se de referências, é recomendável seguir as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

É, sabemos o quanto é exigente o trabalho de elaborar um recurso denso, assertivo e que aborde todas as possibilidades razoáveis de aumento da nota. Principalmente, considerando todo o emocional envolvido. Caso fique mais confiante, conte com o serviço profissional de recurso personalizado e individualizado da Recurso Oficial.

A título meramente ilustrativo, colacionamos abaixo o exemplo simplificado de um recurso. Mas atenção: conteúdo não se trata de um modelo! Como já pontuado acima, a utilização de modelos de recurso pode levar ao indeferimento sumário da minuta recursal. Essa é uma regra universal em matéria recursal. Desse modo, o conteúdo abaixo deve ser percebido unicamente como uma ideia simplificada da estrutura recursal, tangibilizando em alguma medida o que apresentamos até aqui.

Exemplo:

Colenda banca examinadora,

Trata-se de recurso contra a estação “X”, abordando o caso de um paciente, adulto, do sexo feminino, de 30 anos de idade, que em pós-operatório de apendicite aguda supurada fora operado por videolaparoscopia há 7 dias, evoluindo para caso de febre, além de sudorese noturna e dor em local de sítio cirúrgico umbilical.

Pois bem, de acordo com o espelho de desempenho do candidato, nota-se que fora atribuída nota 5,00(cinco) ao candidato recorrente, tendo como nota máxima 10,00(dez). Contudo, no minuto “Y” do vídeo de respostas, o examinando fala “transcrever o que foi falado”, verifica-se, portanto, que fora respondida corretamente o que pedia o enunciado e o que exigia o padrão de resposta.

Isso porque, conforme ensina a doutrina do Professor “Z”, “transcrever fundamentação que respalda a resposta do recorrente”. Nesse diapasão, a resposta apresentada pelo recorrente mostra-se adequada, guardando consonância com as exigências do espelho, assim como, em relação ao hodierno entendimento sobre o tema.

Cumpre ainda acrescentar que a resposta do candidato recorrente encontra respaldo nas diretrizes do Ministério da Saúde vigentes, que estabelecem esse mesmo tipo de procedimento, ou seja, o candidato respondeu conforme a orientação que é dada a todos os médicos que exercem a profissão no Brasil, senão vejamos, “transcrição das diretrizes exclusivamente em relação ao ponto que se pretende demonstrar” vide (https://ministériodasaude.com.br Acesso em 02-09-2023).

Face o exposto, requer a majoração da nota, com atribuição de mais 5,00 (cinco) pontos à nota, tendo em vista que a questão foi plenamente respondida, tendo como nota final 10,00 (dez).

Observações gerais:

– Utilize o padrão de respostas como uma bússola. Releia toda sua prova a fim de constatar se você atendeu aos itens e se eles foram avaliados adequadamente pela banca.

-Os recursos não podem trazer qualquer elemento capaz de identificá-los, sob pena de seu indeferimento de plano. Logo, não coloque seu nome, jamais assine o seu recurso ou atribua a ele qualquer elemento capaz de identificá-lo enquanto candidato.

  • Jamais deixe para interpor seu recurso individual no último dia do prazo, sendo interessante que você o faça com a maior antecedência possível. Muitos candidatos deixam para o último momento e acabam tendo problemas, pois muitas vezes a página da banca enfrenta instabilidade, em do volume de acessos ou problemas técnicos de outra ordem.
  • Tenha em conta que, um recurso bem fundamentado, não apenas sob a ótica médica, mas também jurídica, deixa o candidato melhor posicionado para a eventual necessidade de judicialização do certame.

E lembre-se: caso não se sinta confiante para elaborar o seu recurso sozinho, não se culpe. Os sentimentos envolvidos, as expectativas e até mesmo a ansiedade podem jogar contra o necessário distanciamento para a elaboração de um recurso técnico, que aproveite todas as oportunidades de elevação da nota. Para que entenda: como médico, você operaria um ente da família, como sua mãe ou seu filho? Certamente não! Portanto, não se culpe.

Caso prefira contratar um recurso profissional, elaborado por Professores médicos e advogados, inclusive ex-membros de bancas examinadoras, conte com a Recurso Oficial.

Na Recurso Oficial, além de contar com recursos elaborados pelos profissionais mais experientes do Brasil em matéria recursal, você não paga pela pré-análise de sua prova, ou seja, avaliaremos primeiro se existe cabimento/possibilidade de leva-lo à aprovação através de um recurso e durante todo o processo de elaboração você mantém contato direto com nossos Professores, de modo a assegurar o recurso mais completo.

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