A embolia gordurosa é uma complicação potencialmente fatal que pode ocorrer após traumas, principalmente em ossos longos. Embora pouco frequente, exige reconhecimento rápido e abordagem clínica adequada. Neste artigo, você vai entender o que é embolia gordurosa, como ela se manifesta, como diagnosticar e qual o tratamento indicado, além de conferir suas principais complicações. Ideal para quem se prepara para o Revalida ou atua na área de trauma e emergência.
O que é embolia gordurosa?
A embolia gordurosa (EG) é uma condição clínica rara, mas potencialmente grave, caracterizada pela entrada de partículas de gordura na corrente sanguínea, que podem obstruir capilares em diversos órgãos, principalmente pulmões, cérebro e pele.
Ela costuma ocorrer após fraturas de ossos longos (como fêmur e pelve), traumas extensos ou cirurgias ortopédicas. Quando o quadro apresenta manifestações clínicas típicas, recebe o nome de Síndrome da Embolia Gordurosa (SEG).
Causas e fatores de risco
As principais causas e fatores de risco incluem:
- Fraturas de ossos longos (fêmur, tíbia, pelve);
- Cirurgias ortopédicas (ex. artroplastia);
- Traumas fechados e politraumatismos;
- Lipoaspiração em grande escala;
- Pancreatite aguda, queimaduras extensas e doenças como anemia falciforme também podem predispor o quadro.
Sintomas da embolia gordurosa
A tríade clássica da Síndrome da Embolia Gordurosa costuma surgir 24 a 72 horas após o trauma:
- Insuficiência respiratória: taquipneia, hipóxia, dispneia;
- Alterações neurológicas: confusão mental, sonolência, convulsões, coma;
- Petéquias: lesões puntiformes na parte superior do corpo (pescoço, axilas, conjuntiva).
Outros sinais e sintomas: febre, taquicardia, anemia, trombocitopenia, infiltrados pulmonares difusos no raio-X.
Diagnóstico
Não existe um teste específico para EG. O diagnóstico é clínico e baseado em critérios (como os de Gurd e Wilson):
- Critérios maiores: hipóxia, sintomas neurológicos, petéquias;
- Critérios menores: taquicardia, febre, anemia, alterações retinianas, presença de gordura em escarro ou urina.
Exames complementares podem ajudar:
- Gasometria arterial;
- Radiografia ou TC de tórax (opacidades em vidro fosco);
- RM cerebral (padrão estrelado em casos graves).
Tratamento da embolia gordurosa
O tratamento é suporte clínico intensivo:
- Oxigenoterapia suplementar (até ventilação mecânica em casos graves);
- Reposição volêmica adequada;
- Monitoramento hemodinâmico e neurológico contínuo;
- Corticosteroides (ainda controversos; podem ser considerados profilaticamente em casos de alto risco).
Importante: a prevenção com estabilização precoce de fraturas é essencial para reduzir a ocorrência.
Complicações possíveis
- Síndrome da angústia respiratória aguda (SDRA);
- Lesões cerebrais permanentes;
- Choque e falência de múltiplos órgãos;
- Óbito (em casos graves não tratados).
Nos acompanhe
A embolia gordurosa é uma emergência médica que exige diagnóstico rápido e suporte intensivo. Seu reconhecimento precoce e manejo adequado podem evitar complicações graves, especialmente em pacientes com fraturas ou politraumatismos.
Acompanhe nossas redes sociais para mais resumos clínicos, conteúdos para o Revalida e dicas de prova!
Confira nosso grupo no WhatsApp e fique por dentro de tudo! Acesse aqui
Veja o cronograma do Revalida 2025.1 segunda etapa AQUI